domingo, 18 de dezembro de 2011

Nota sobre Elísio Medrado. Um Município do Interior da Bahia.

Ao tentar entender a história do Município de Elísio Medrado, me reporto um povoado surgindo como alternativa de tropeiros e viajantes em busca de prazer sexual. Como afirma o pesquisador mestrando Renilton Sandes, essa região era uma verdadeira zona de prostituição no início do século XX. Por conta disso seu nome era “Rapa Bolso”, em função de que os bolsos dos “aventureiros” ficavam vazios devido os gastos com as orgias. Mas isso não é novidade para ninguém. Fico a imaginar se a “prostituição” ainda não fincou raízes profundas nesse solo. Basta analisarmos do ponto de vista político e comparar com esse termo. Segundo um dicionário on-line: Prostituição s.f. Ação de prostituir; Comércio profissional do sexo; Fig. Uso degradante de uma coisa. Cheguei a conclusão que ela se enraizou por diversos setores no decorrer da história política dessa localidade. Isso não é difícil de se compreender, pois podemos citar centenas de casos onde, ora o eleitor se vendia, ora candidatos a vereador e até prefeitos também. Se vender não necessariamente por dinheiro, mas por trocas de “favores” que, em muitos casos diziam respeito a obrigações diretas do executivo no fornecimento de serviços aos quais todos têm direito, a exemplo da educação, saúde, etc. Fico imaginando que talvez meus pais tenham dado uma formação ética equivocada para mim, pois vejo que ser honesto, ter princípios e valores que prezam a coletividade o humanismo não fazem parte dessa sociedade. O zelar pela hipocrisia, pela inconstância da personalidade, a inexistência de princípios fundamentados sobretudo na solidariedade ao sofrimento alheio, é de fato, um dos pilares para ser um bom político. Quem estiver duvidando, se candidate a um cargo desses e não dê dinheiro para algum cachaceiro tomar seus goles, não seja “maquiavélico”, sagaz e traiçoeiro para tomar votos inclusive de seus colegas de partido, etc. Houve um tempo em que essa região se chamou “Paraíso” e, confesso, que só parecia um pouco no que se refere às belezas naturais. Hoje nem tanto por conta da degradação ambiental na Serra da Jibóia e o assoreamento do Riacho da Jacutinga. Acredito que na tentativa de sufocar o Rapa Bolso, buscou-se a mudança do nome, ou até mesmo esse Paraíso se referia ao deleite da “prostituição”, agora ampliada para outras esferas. Pior do que vender serviços sexuais é vender a dignidade, não zelar pela sua reputação e ainda ser escravo mentalmente, se privar da liberdade e do seu direito de pensar e agir de acordo com uma consciência pautada no humanismo. Sinceramente queria ser alienado e poder dormir tranqüilo diante de tanta “prostituição”. Nada contra aquelas pessoas que usam do sexo como meio de sustento, pois é um trabalho muito mais honesto do que o de muitos políticos em nosso país. Tento imaginar quando teremos de fato uma população atuante, participando dos conselhos, das reuniões da Câmara de Vereadores, as pessoas votando com o olhar na competência, honestidade e hombridade dos indivíduos. Enquanto eu fico aqui na minha utopia, tenho a impressão de que jamais perderemos a sina de sermos eternos representantes do Rapa Bolso.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Bin Laden morreu?????


Estou indignado! Em pleno Século XXI perceber que as pessoas ainda são fáceis de enganar. Um discurso ridículo de assassinato do “maior inimigo” dos EUA. Não sei ao certo se eu sou um cara desprovido de inteligência, pois até o momento não consegui compreender quase nada da situação. Primeiro: como entender que alguém ajudado pelos EUA na década de 1980 na luta do Talibã contra a URSS no Afeganistão, de repente vira o maior vilão. Quem é o vilão, Bin Laden, ou os EUA que o fortaleceu? Lembro-me da Alemanha de Adolf Hitler fortalecida pelos ocidentais em por conta do medo de avanço do Socialismo por toda Europa na década de 1930. Ingenuidade não perceber que o crescimento do Nazismo foi promovido também pela ajuda dos países capitalistas. Segundo: Michael Moore, um cineasta, documentarista e escritor estadunidense, no documentário Fahrenheit 11 de setembro afirma que a família de Bin Laden mantém estreitas relações econômicas com a família Bush. Há algo de podre no Reino dos EUA! Terceiro: percebemos que Bush na época, com a popularidade baixa, retoma com força e apoio da população na chamada Guerra ao terrorismo, como um disco arranhado, repetindo que era preciso vingar a morte dos estadunidenses e por tabela destruir o Iraque por conta de terem as armas de destruição em massa. Até hoje essas armas não foram achadas. Fica nítido que o controle pelo petróleo era o principal motivo da guerra. Quarto: raramente as pessoas imaginam que por detrás de uma guerra existe uma indústria milionária e que as armas são compradas. É uma indústria que precisa vender e, para vender, é necessário haver uma guerra. Matar milhares de pessoas precisa no entanto de um discurso contagiante e “válido” do ponto de vista “moral e ético”. São tantos os motivos que justificaram milhares de guerras na história. Porém podemos encontrar pontos em comum entre elas. A ganância pelo poder e manutenção dele é um dos principais. A força de um país não se dá somente com conquista bélica. É preciso um jogo ideológico que convença à maioria de que o poder estabelecido foi conquistado de forma necessária, humanística para promover a paz e tranquilidade. Daí a religião possui um papel fundamental nesse contexto. Em nome dos seres sobrenaturais milhões de vidas foram ceifadas. Isso, enquanto os chefes de estado ficam com seus traseiros protegidos e os idiotas dos “súditos” acreditando que defedem seus países por uma causa “nobre”. Tudo por poder econômico, político e religioso. Só me resta um riso irônico diante de tanta baboseira. Em nome da paz a violência mais uma vez impera. Uma contradição que seguirá na história até que todos se conscientizem e deixem de ser manipulados.

Onde está o corpo de Bin Laden? No Mar? Isso foi a gota D’água dessa peça tetral de quinta categoria. Na era do auge da Globalização com a universalização da Internet e da tecnologia, nenhum filho da mãe tinha uma câmera ou um celular para tirar uma foto ou filmar a ação da morte do dito cujo? Os EUA mandam o homem à Lua em 1969 e em 2011 não tem como filmar a morte, o corpo e o “enterro no mar”. Só sendo estadunidense mesmo para enterrar alguém no mar.

A única certeza que temos é que Bin Laden não morreu. Ele vive nas Torres que caíram, nos ataques das Embaixadas, em milhões de sites na internet, nos livros de história, na memória dos radicais islâmicos e na mente dos estadunidenses e britânicos. Enquanto o povo estadunidense comemorava nas ruas, imaginava o quanto são ingênuos em não perceber que haverá consequências, pois é exatamente isso que o “Senhor das Armas” quer. Mais guerra, mais lucro pra quem fabrica armas, afinal de contas os EUA estão em crise há muito tempo. Obama que se pressupôs

o “diferente”, mantém o mesmo discurso de Bush chamando mais uma vez a população de “imbecil” na reinvenção de Bin Laden.

Produção de Café

Produção de Café
Daniel Cézar