A maioria dos brasileiros fica sem se inteirar do que acontece no cenário político de seu país, seja na esfera municipal, estadual ou federal. Alguém já disse que política e religião não se discute. Faço então uma pergunta básica: a quem interessa ver o povo sem discutir política ou religião? Aqueles que sempre enxergaram uma visão apenas da política ou da religião e querem as coisas continuando do mesmo jeito. Tudo na vida é passível de questionamento e de discussão. O diálogo fortalece as relações humanas, muito mais do que o dogmatismo ou imposição de regras e leis. Sem contar que temos um sistema político tão complexo e historicamente definido para ser assim, deixando a maior parte de nossa população desinteressada em tentar compreendê-lo. Sem contar no fato de que vivenciamos tantos escândalos e desmandos nos fazendo, em muitos momentos, desacreditar das nossas possibilidades de transformação estrutural nesse país. Estamos contudo vivenciando momentos tão significativos em nosso país. Lembro-me de quando dava aulas sobre a “Nova Ordem Global”. Vejo que todas as minhas aspirações do passado estão se cumprindo. O Nosso País está ganhando o status que sempre mereceu. Precisamos dar continuidade a esta política e fazermos uma reflexão sobre o nosso papel enquanto cidadão. Não devemos retroceder jamais, principalmente se estamos caminhando para o engrandecimento de nosso país. Penso que investimentos feitos em Universidades Federais, aliados às Bolsas do Prouni estarão levando muitos cidadãos a patamares nunca dantes sonhados. Esses novos cidadãos pensantes estarão construindo uma nação mais participativa e consciente de seu papel na sociedade. Não há outra escapatória: o Brasil vai crescer ainda mais. Teremos eleitores mais capazes de escolher seus governantes, o que vai exigir daqueles que concorrem a um cargo político, a estarem se atualizando e agindo de forma coerente e ética. Ainda mais em épocas de fluxos de informações na velocidade de um click. Estou feliz por este momento de nossa história e, pela certeza que política, religião, futebol, tudo isso pode e deve ser discutido, ainda mais num mundo vasto e quase infinito em que a internet nos faz mergulhar. Vamos à discussão?ue sempre enxergaram uma visão apenas da política ou da religião e querem as coisas continuando do mesmo jeito. Tudo na vida é passível de questionamento e de discu
Sou um historiador nas horas vagas. Atualmente como diretor Centro Territorial de Educação Profissional do Vale do Jiquiriçá na Bahia. Um cara que gosta de viver a vida na sua intensidade sem desprezar o poder de sentir tudo à sua volta e, principalmente, de expressar o que sente. A música apareceu na minha vida desde que nasci, embora não seja profissional, procuro nas minhas limitações, fazer algo que seja essencialmente da minha alma e que possa ser apreciado. Olhe as postagens mais antigas.
domingo, 1 de agosto de 2010
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Ter ou não ter?
Num dia frio como esse fico a imaginar tanta gente sem um lugar para poder se abrigar. Daí vem o sentimento de que são pobres coitados e o nosso coração chega a se comover por certos instantes, porém, não o bastante para prolongar a sensação e, quem sabe, sugir uma motivação em que resulte na criação e estabelecimento de políticas públicas de inclusão. Todo discurso nesse sentido é lindo e aceitável, porém não é prático por ser incômodo e, para se concretizar, há a necessidade de mudanças drásticas na estrutura social. Quantos jovens e crianças não sonham num dia como esse ter seu chocolate quente feito por sua empregada e junto da “mamãe” e do “papai” estar assistindo a novela das oito que reproduza justamente o modelo de vida que se pretende ter? A maioria das pessoas no entanto esquecem que o “não ter” provoca uma série de efeitos colaterais em nossa sociedade. Tapamos nossos olhos e ouvidos nesse sentido. O sentimento de exclusão acaba por diminuir a auto-estima do jovem. E para piorar a situação ele se vê cercado do ideal de felicidade condicionado ao possuir riquezas e bens que ele não terá acesso em função da sua condição étnica, social e nível de escolaridade historicamente construídas para permanecerem assim. E porque continuam assim? É como se não tivessem forças pra lutar contra isso e, de fato, é complicado mudar o sistema. Daí ele resiste da forma que pode. O problema é que a violência se naturaliza em suas vidas a tal ponto que não conseguem distinguir aquilo que é "ideal" para o convívio em sociedade. Eu aprendi tanta coisa nessa vida. A ser mais relativo e ponderado em minhas conclusões, até mesmo em questões onde eu achava que minha ideologia e meus princípios não poderiam ser colocados à prova ou à mercê das circunstâncias que os outros vivem. Hoje consigo enxergar tanta coisa que a minha falta de tolerância me deixava cego, sobretudo em questões políticas. O mito da existência de um sistema maior que nos consome e nos manipula, está cada vez mais caindo por terra. Afinal de contas acaba sendo uma luta individual. Todos querendo sobreviver da melhor forma possível. Sonho com um dia em que o "ter" seja exclusivamente atender as necessidades básicas para continuarmos a viver, sem agressões ao meio ambiente e a nós mesmos.